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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

nova "casa"

para aqui:

https://maispromenos.wordpress.com

esta plataforma está a ficar desactualizada e já se torna penoso tentar fazer alguma coisa diferente com o blog. como não podia fazer obras, mudei de casa.

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

1 mês pós cirurgia plástica

este mês foi uma montanha russa. dois passos para a frente, um passo para trás. dois passos para trás, um para a frente.

sabem aquelas histórias do gémeo bom e do gémeo mau? a minha perna esquerda é o gémeo bom (bonzinho vá) e a direita o mau.

já perdi a conta ao número de vezes que tive de voltar ao hospital por causa da perna direita.

depois de ter aberto aqueles dois buracos na junção da sutura entre a perna e a virilha, a perna direita, a da hemorragia, voltou a mostrar a sua personalidade de caca.

então como foi este processo? a hemorragia estancou o que deu lugar a hematomas que por sua vez formaram coágulos que tiveram de ser espremidos e que por sua vez criaram um abcesso.

a primeira parte da hemorragia ficou estancada ao nono dia de pós operatório. pensava eu que era fixe, hoje mais valia que tivesse continuado com a sutura aberta que seria mais simples.

a segunda e terceira partes: os hematomas que se formaram pela perna transformaram-se em coágulos, visto já não ter nenhuma abertura por onde drenar e o corpo não conseguir processar naturalmente com a rapidez necessária a transformação do sangue em hematoma. na prática isto significou dores principalmente ao sentar devido à pressão acrescida mas também, na fase pior, dores constantes. significou igualmente uma rigidez absurda na perna e era sempre este o meu sinal de atenção. cada vez que sentia a perna demasiado tensa, rija, ligava ao médico e ele pedia-me sempre para me dirigir ao hospital para me observar. então o buraco da virilha direita acabou por ser "benéfico" pois ajudou a retirar muito do hematoma e coágulos que estavam acumulados no interior da perna. ou seja, cada vez que ia ao hospital a minha perna era espremida. não estão a imaginar o cenário. era digno de figurar no Dexter. sangue até às costas, na marquesa, na camisa, no chão... além das dores claro. mas depois era uma sensação de alívio por finalmente sentir menos pressão na perna. ora foram duas semanas disto. a dirigir-me ao hospital dia sim dia não para ser espremida e a fazer o penso em casa três vezes por dia.

a quarta parte foi a do abcesso. como a cicatrização do buraco da virilha evoluiu, deixei de ter uma abertura disponível por onde fosse possível drenar os hematomas. ou seja, formou um abcesso. o perigo dos abcessos é não serem superficiais e mais difíceis de detectar. no meu caso era superficial visto que reparei que a sutura estava a ficar vermelha, inflamada e quente. lá fui eu de novo ao hospital. e o meu cirurgião abre uma lâmina e abre-me a sutura em dois pontos distintos. e volta a espremer de novo. nesse mesmo dia optou por inserir dois drenos para ajudar na expulsão da infecção que se estava a gerar. além dos drenos saí do hospital com prescrição de antibiótico.

digo-vos. benditos drenos! a pressão que sentia na perna nunca mais voltou e finalmente consigo ver uma evolução positiva neste processo.  fiquei com os drenos uma semana e passado esse tempo passei a fazer penso diariamente no centro de saúde (a minha fase actual) e finalmente vejo uma evolução favorável na cicatrização. quer nos buracos das virilhas que hoje são só feridas a cicatrizarem, quer nos outros dois que o médico fez para inserir os drenos. a pressão na perna não regressou e os coágulos que sentia diminuíram substancialmente.

digo-vos que andar nesta montanha russa foi difícil de gerir psicologicamente, mas hoje começo a ver a casa de chegada.