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sábado, 31 de outubro de 2015

2 anos

Hoje exactamente. 

Por esta altura tinha saído do recobro e estava cheia de dores e de calor. Lembro-me dos meus pais à beira da minha cama a abanarem uns papéis por causa do calor. 

Hoje, dois anos depois e 51 kilos a menos não podia estar mais satisfeita. 

Mas todos os dias é uma luta. Pela disciplina e auto-controlo. O bypass gástrico ajudou bastante mas o trabalho desde o ano e a manutenção de peso fui eu a fazê-lo. E custa. Requer foco e olho no objectivo. 

Por vezes acho que como demais e interrogo-me se o estômago não terá dilatado porque pensava sempre que ia comer uma noz e ficava cheia. Mas não. No fim de contas sou uma pesso normal que come normalmente. E depois de ter passado a vida toda a receber olhares por ser gorda, ser normal é o Euromilhões. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

na pele

sempre fiz deste espaço um relato aberto do que é um processo de perda de peso, e mudança de vida que daí provém, através da realização de um bypass gástrico. Tentei abordar todos os aspectos, do psicoloógico ao físico e dos custos à balança.

faltava a pele. e como sinto na pele o que é perder 53 kilos.

nas pernas significa isto



nos braços isto: 




espero daqui a uns meses mostrar-vos o depois.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Engordar

O papão.
Quebrar o mito.  É possível engordar depois de um bypass gástrico. 
Engordei dois kilos. 
Se anteriormente dois kilos na balança significavam ter jantado ou almoçado porcaria hoje já não é assim. 
Engordei porque passei a fazer uma alimentação com mais cereais (muita semente essencial) além de não dispensar o pãozinho ao pequeno almoço e ao lanche. Dá-me conforto. 
Não acho dois kilos o fim do mundo e vivo bem com eles mas não quero que passe daqui.  Por isso continuo a fazer ginásio e a andar de bicicleta sempre que posso.
Não me esqueço que o controle do peso está na minha cabeça e reflecte-se no que como. E controlar a cabeça é o mais complicado.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

inspirações e "desapoios"

já referi isto várias vezes, mas tudo tem altos e baixos, pontos positivos e negativos, prós e contras. o bypass não foge à regra.

hoje não vou falar nos prós e contras para mim, ou nos efeitos que ter feito a cirurgia teve em mim, mas nos efeitos que sinto nos outros. 

querendo ou não, consciente ou inconscientemente, acabei por influenciar algumas pessoas à minha volta na adopção de um estilo de vida mais saudável. se por um lado levei colegas de trabalho à adopção de práticas de exercício físico (e esta foi conscientemente. queria mais companhia no ginasio) por outro começo a ver pequenas mudanças em amigos meus. uma adopção de um novo estilo de vida e com isso uma alimentação mais saudável, redução do número de cigarros fumados, abandono da cafeína... e isto não foi por influência directa minha. mas quando analiso vejo ali uma certa inspiração. pondo de lado a modéstia fico muito contente pelos meus erros e a minha tentativa de os corrigir servirem de incentivo a mudanças positivas. 

por outro lado sinto que causei uma certa inveja, e até ciúme, do sítio onde menos esperava. da família. ou melhor, da minha irmã (os meus pais são os meus maiores apoiantes) e este facto deixa-me triste. enquanto eu era gorda a minha irmã sempre se sentiu confortável no papel da "magra da família" (não que o fosse mas era muito fácil ser considerada magra quando comparada comigo). de repente deixou de o ser. isso deve ter mexido com a sua auto estima, visto que até os meus sobrinhos diziam que eu estava mais magra que ela (honestidade das crianças...). e eu sempre a apaziguar a coisa para não ferir susceptibilidades. apesar isso o feedback directo que tenho dela é nulo. não tenho palavras de incentivo ou de parabéns. pelo contrário o feedback que tenho é indirecto e de dúvida. dúvida das minhas capacidades para manter o peso no futuro, dúvida da minha felicidade no presente, dúvida da minha aparência. isso magoa-me tanto. eu como mais nova sempre a olhei de baixo e sempre a admirei como irmã mais velha que é. e o que sinto é desilusão. total e completa. e no meio disto tudo não consigo perceber o que fiz de mal? foi por ter pensado em mim? por me ter posto, e à minha saúde, como prioridade? ... 

portanto, se ainda estiverem na fase de decidir e de pesar os prós e contras considerem igualmente os efeitos que a vossa mudança pode ter nos outros à vossa volta. a minha experiência diz-me que na maioria são bons mas também existem aqueles que nem por isso.

ps. sabendo o que sei hoje e olhando para trás continuaria, claramente e sem sombra de dúvidas, a optar por fazer o bypass. 


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

para vocês

muito se tem associa uma vida saudável a uma alimentação saudável. por certo que uma alimentação saudável contribui, de sobremaneira, para o correcto funcionamento do nosso corpo para criação e libertação de energia e contribui para uma excelente sensação de bem-estar geral. mas não só. é certo que a comida também alimenta a  alma, às vezes complementa a alma, mas o que igualmente me alimenta a alma são vocês.

e por isso obrigada! 


obrigada pelo incentivo e pelas palavras amorosas que me deixam nos comentários. é muito importante para quem optou por este caminho alimentar-se também do vosso carinho. este sustenta a alma e dá-me força para continuar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

as festas de fim de ano

[e nisto se inclui o Natal e Ano Novo]

ora se o ano passado comi umas lasquinhas de bacalhau, este Natal consegui comer metade de uma posta acompanhado com legumes cozidos. o tradicional bacalhau de Natal lá em casa.

e este Natal foi mesmo à antiga. tive primos de França que vieram passar o Natal a casa dos meus pais e então eu regressei ao ninho por uns dias para ajudar a minha mãe a preparar tudo. nesse preparar incluiu-se umas receitas mais saudáveis que as tradicionais para poder servir o meu, e os demais, dentinhos doces mas sem pesar tanto na consciência.

optei por fazer umas bolachinhas de gengibre, uns rolinhos de canela e uns biscoitos de côco. ainda ofereci umas compotas que fiz em casa (de pêra e frutos vermelhos) tudo sem açúcar, e portanto, optei por tornar o Natal um bocadinho mais saudável.

mas, é claro que pequei. dia 24 e 25. não mais. comi 3 filhoses de grão, uma fatia de bolo rei e comi entradas antes da refeição e não fiz as refeições certas de proteínas.

para manter a alimentação como dantes, optei por não levar sobras para casa. nem Perú de Natal, nem Bacalhau, nem camarões. cortei com o Natal dia 25 à noite.

e depois veio o Ano Novo. foi um Ano Novo bem calminho em casa. entre jogos, filmes, amor e desejos de uma vida melhor. e como por esta altura já devem ter percebido que eu adoro cozinhar, então que fiz para o Ano Novo? esse grande clássico: fondue. mas, tornei-o mais saudável. em vez de utilizar óleo utilizei água. na verdade fiz um caldo de legumes com imensas ervas (salsa, coentros, oregãos, aipo) para dar muito sabor à água e aos mesmo tempo à carne quando cozinhasse. e optei por carne de perú. nos molhos, usei maionese light e fiz uns dips de batata doce e de iogurte, queijo e ervas. e o grande pecado no Ano Novo não foi comer, foi beber. bebi um copo de vinho tinto com o jantar e a meio do copo já estava bêbeda. mas também passou muito rápido. quando chegou a meia noite os efeitos já tinham passado e bebi 3 golos de champagne a celebrar 2015.

portanto, resumindo: sensivelmente um ano depois da cirurgia voltei a ter um Natal e Ano Novo normal. com algumas restrições (impostas por mim) de forma a não me habituar mal ou a estragar tudo o que tinha feito. o resultado: mantive o peso. como tenho mantido desde há 3 meses.

beijos para todos e feliz 2015! que todos os vossos sonhos e desejos se concretizem!